O melanoma felizmente é muito menos frequente que os demais tipos de câncer de pele. Em contrapartida ele é um dos mais graves. Só quem já teve um melanoma realmente entende porque os dermatologistas insistem tanto na fotoproteção adequada.
Os fatores de risco para se desenvolver um melanoma incluem herança genética, algumas doenças genéticas, presença de múltiplas pintas, exposição solar aguda intensa (com queimadura), exposição solar crônica, tom de pele mais claro e deficiência imunológica.
Muitas vezes ele simula uma pinta e por isso acaba não chamando a atenção, principalmente nos estágios iniciais. Há algumas décadas foi criada a regra do ABCDE para facilitar a detecção desta doença:
A: assimetria de bordas
B: bordas irregulares ou mal definidas
C: presença de múltiplas cores
D: diâmetro da lesão maior que 6 mm
E: evolução da lesão (crescimento, coceira, sangramento, alteração de padrão)
Esse método pode ser usado como auto-exame e serve como um rastreio inicial, caso algum destes itens esteja presente em uma lesão, uma avaliação dermatológica minuciosa deve ser realizada. A dermatoscopia é um importante aliado na detecção precoce do melanoma. Aliás, lesões de suspeição fraca podem ser acompanhadas clinicamente com fotografias dermatoscópicas a cada 3 meses antes de ser tomada a decisão de intervir.
Frente a uma suspeita forte, a biópsia deve ser realizada rapidamente mas é importante retirar a lesão inteira sempre que possível pois ela deve ser analisada como um todo para decisão terapêutica.
A abordagem de um melanoma em geral é multidisciplinar e envolve além do dermatologista, um cirurgião plástico ou oncológico e às vezes oncologista clínico.
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